O Mundo Vai Acabar?

De tempos em tempos a humanidade vê-se perante uma proposta de juízo final. A recente questão envolvendo mudanças climáticas está sendo fortemente abordada neste início de século XXI, em decorrência de alguns fenômenos meteorológicos que causaram grandes perdas humanas e econômicas. Entretanto acontecimentos bem documentados pela mídia e pela internet não podem ser identificados com o prenúncio de um final iminente, como está sendo apregoado.


Considera-se compreensível que alguns segmentos da sociedade exagerem em suas explanações para causarem impacto e intensificarem o alerta, porém não se pode a partir disso gerar uma industria do medo e ainda promover uma miopia coletiva. Devemos sim, aproveitar a interatividade de um mundo globalizado e analisar as questões que envolvem o nosso planeta de uma maneira mais ampla e colocarmos em discussão os verdadeiros valores civilizatórios.

A dissertação sobre valores humanos não é o objetivo deste texto. Meu desejo apresentar uma proposta estruturada de forma lógica que permita colaborar com uma nova visão para um mundo globalizado. A humanidade já foi assolada por inúmeras tragédias porém já esteve diante de inúmeras chances para dar um passo decisivo em direção a um mundo mais harmonioso. Podemos dizer que a nossa última oportunidade foi em 11 de setembro de 2001. Poucos imaginaram ou avaliaram a possibilidade da grande potência não reagir ao ataque. Se isso tivesse ocorrido, presenciaríamos a maior quebra de paradigmas da humanidade. Porém, perdemos mais esta chance.

Sob a luz da oportunidade é que devemos avaliar a capacidade da humana em analisar, de forma ampla, os problemas que são expostos durante a nossa trajetória evolutiva. Atualmente já possuímos meios e conhecimento suficiente para avaliarmos qualquer conjuntura de forma mais ampla e relacionada. Porem é comum, em meio a inúmeras discussões e opiniões, que a melhor solução fique sempre encoberta pela evidente tendência humana em praticar o que eu denomino de pensamento cínico-pragmático-utilitarista.

Os Bugs do milênio, as pandemias e o efeito estufa são apenas algumas das propostas de juízos finais que nos tem acompanhado desde o final do séc XX. Estas especulações, teorias e por vezes teses, estão mais próxima de uma representação novelesca das tragédias humanas do que efetivamente alertas conscientes para mudar nossa forma de ver o mundo. Obviamente não podemos negar a existência de tragédias ao longo da história da civilização, porém todas são passíveis de uma simples explicação ética. Portanto este é o grande dilema da humanidade: saber o que é verdadeiramente ético? Enquanto não fizermos esta descoberta, resta-nos apenas questionar: O Mundo Vai Acabar?

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