A Mediocridade e a Ética

A ética é aquela coisa que todo mundo sabe o que é, mas que não é fácil de explicar. Segundo os dicionários, ÉTICA é a avaliação da conduta humana sob a ótica do bem e do mal. Comumente são atribuídos os adjetivos de subjetividade e de relatividade, entretanto a ética é considerada por muitos filósofos como uma lei natural e universal, ou seja, prática e absoluta. Linhas teístas consideram que a ética não faz sentido sem a religião porque o próprio significado de bem seria aquilo que Deus aprova. A ligação mais importante entre religião e ética baseia-se na idéia de que a religião proporciona uma razão para se praticar o bem. Na maioria dos cultos, a proposição parte da idéias que os virtuosos são recompensados com a bem-aventurança eterna enquanto que os demais queimarão no inferno.

Considerando-se que a ética não é passível de ser individualizada; portanto dentro do conceito social de que nenhum homem é uma ilha, é possível compreender que a vida humana é convívio (política). É na convivência, na vida social e comunitária, que o ser humano se descobre, se realiza e evolui. É na relação com o outro que surgem os problemas e as indagações morais: o que devo fazer? Como agir em determinada situação? Como me comportar perante o outro? Diante da corrupção e das injustiças? etc. Portanto, constantemente no nosso cotidiano encontramos situações que nos colocam problemas éticos. São problemas práticos e concretos da nossa vida em sociedade, ou seja, problemas que dizem respeito às nossas decisões, escolhas, ações e comportamentos - os quais exigem uma avaliação, um julgamento, um juízo de valor entre o que é considerado bom ou mau, justo ou injusto. Diante deste desafio diário, nos colocamos a questionar quais são as leis "universais" que corresponderiam a uma ação ética.

Naturalmente, o desenvolvimento de uma sociedade ideal está na prática e no entendimento das leis universais por todos os seus membros. Segundo o pensador José Ingenieros em seu livro “O Homem Medíocre”, o desinteresse e o desconhecimento dos verdadeiros valores universais são os responsáveis pela mediocridade humana. Desta forma pode-se afirmar que ser medíocre é, antes de tudo, uma ato anti-ético.

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